20090102

Ironicamente falando...

Tenho dificuldade de processar as coisas. Não presto atenção nos conselhos que me dão, se presto, logo esqueço. Quero fazer de tudo, me acho suficiente para fazer qualquer coisa, mas nunca faço pois acho que sou fraca e inútil.
Sempre me vejo em desvantagem, alguém sempre tem mais sorte do que eu e, se eu tenho alguma sorte, me acho melhor do que esse outro alguém que pensava ter mais sorte, e saio por aí toda rebolosa com o nariz em pé e um sorriso de orelha a orelha. Quando o faço, faço por tanto tempo, que acabo escorregando e caindo e deixando essa sorte passar loooonge, que, por mais que eu tentasse (apesar de nunca tentar), nunca poderia alcançá-la de volta.

Sou contraditória, redundante, talvez tenha distúrbio bipolar, como alguns já disseram, talvez tenha DDA, talvez seja uma adolescente qualquer, talvez seja alguém muito promissor, talvez tenha câncer, talvez seja Einstein, talvez tenha mania de grandeza, talvez tenha baixa (ou nula) auto-estima, talvez pense demais, talvez fume maconha demais, talvez viva de menos.

Tenho medo demais, sou forte, mas preciso de muito apoio, sou auto-suficiente, mas preciso de ajuda, sou bonita, mas preciso me arrumar, sou horrível, mas posso enganar.

Não costumo terminar o que começo, na maioria das vezes nem começo; melhor do que ver que desisti ou fracassei. Preciso de elogios constantes, mas quando os tenho, acho que são de mentira, mas no fundo, eu acredito e penso que não poderiam ser algo diferente, afinal, é a mais pura verdade.
Sou dona da razão, odeio discutir, preciso da humilhação para provar-me certa, e quando vejo que preciso dela, prefiro me mostrar errada. Afinal, eu já sei que estou certa, e isso já é o suficiente.
Não falo bem, não me comporto bem, não trepo bem, não amo bem, e nem minto bem!

Deveria ter cachos louros, ser brilhante, aventureira e ter uma grande capacidade de concentração, mas é mentira, só sou Flavia porquê meu pai é Flavio, o que não é nada criativo, como eu. Ou não, olha esse texto!

Realmente, eu só sou é muito irônica, eu acho... A vida, na verdade, é uma ironia, e só o que eu posso fazer, é dar risada.
Reinício do blog

Nada como uma virada de ano pelo calendário gregoriano (pois nos calendários islâmico e juliano, por exemplo, já foi faz um tempão, mas ninguém tá nem aí, né), não é mesmo?!
Agora estamos no ano do Búfalo, segundo a filosofia budista e enfim, chinesa. O búfalo caracteriza a força abundante da natureza e da criatividade. Só falta ver se isso se refletirá no decorrer desse ano (pelo menos na China, eu espero!).

De qualquer forma, não postarei aqui de jeito maneira, uma restrospectiva qualquer de 2008, ou aquele lenga-lenga de prosperidade, felicidade e paz mundial. Esses votos, por favor, vocês todos podem enfiar nos seus lindos e prósperos traseiros acima, pois ninguém realmente deseja essas idiotices que fala. Se deseja, deseja bem mais numa liguagem cotidiana, e da pessoa própria do que "Paz, amor e que tudo o que você deseje se torne realidade nesse ano novo!!" Aaaahh blá blá blá, yada yada yada!
Quanta baboseira.

Mas enfim, chega de ser a rabugenta costumeira de início de ano e vamos ao testículos-cocôs que me fizeram perceber que deverá haver (muito) treino e esforço se eu quero me orgulhar de algum texto que virá daqui para frente.

Paz e amor (e feliz ano novo!).
rsrsrs

20081205

Não é perder o respeito pelos outros, mas sim começar a ter respeito por si próprio.





FIM DO BLOG

20081123

Jovens Piratas

Vamos lutar por uma causa desnecessária
Vamos lá! Junte-se à nós.
Nossos dias são em vão e nossas vidas, vazias.
Torne-te máquina manipulada de mente rebanhada,
vai à rua e grite teu des-espero, joga na cara à tapas de todos o que queremos e o que eles não querem.
Pastoreia tua ovelha, que ela está à se rebelar.
Corta-lhe o pêlo, que estamos com frio.
Vamos pular, jorrar sangue e espirituar, que a vida é curta e queremos tudo aos nosos pés.
Canta, grita, e faz a dança da chuva, que tudo o que queremos é ser diferentes ao sermos, justamente, iguais.
Junte-se ao nosso clube e segue sob nossa linha.
Seja muito bem-vindo,
Nós somos jovens, inescrupulosos e de mente pequena.
Nós somos os novos piratas caribenhos.
-
Hê, tudo bem que a foto é caracterizada de "Laranja Mecânica" e o texto é relacionado aos "Piratas do Caribe", ninguém liga, não é?!
(considerando que ninguém lê... Ou lê?)
Aaaanyway... Estava tendo problemas técnicos com relação ao login dessa budega, mas consegui me resolver!
Welcome back!! \o/
Logo menos darei realmente notícias sobre a Fla-viva, se ela estiver viva, por um acaso do destino. E à propósito, esse texto foi escrito no dia 13 de abril, e essa foto foi tirada no dia 1ro de março.
Näkemiin

20081027

Nenhum item completo da bendita lista depois...


Hoje não é sábado? Não estou de férias?
E esse sol, não são férias de verão?
Pois bem... Deveria!

Sabe, como ou alguém que sempre, mas SEMPRE opina, sobre o que puder, eu adoro escrever. Porém, que me será preciso para que a palavras se combinem de forma harmoniosa, bonita, satisfatória, como antes faziam? Estou mezza-mezza, dividida entre o desenho, a música, ou a escrita.
Eu sei que a música eu farei sempre, seja por prazer aleatório ou profissão, haverá sempre satifação nela, e em mim. Mas e o desenho e as palavra? Pra mim, eles são distintos... Como eu aprendi com a arte da Caligrafia Japonesa, não se deve ser redundante, e fazer os dois seria um tanto quanto redundante... Ambos são arte, que expressam meus sentimentos.
Logo, eles significariam a mesma coisa.

Aiaiai, e aí, que há de acontecer?


-
Por enqüanto, há texto produzido suficiente pra preencher um vazio qualquer aí, até que eu me decida.

Uma redundância qualquer lá do ano passado:
(...)
E como se não pensar nisso fosse minha punição por pensar... E nem poder repensar, para ao menos ter a certeza de que não penso assim, fosse o suficiente para que eu tivesse a certeza de que eu não penso assim... Como se eu tivesse preconceito comigo mesma, como se eu não me aceitasse como sou, e como penso! E todos esses meus pensamentos, por menos que se pareçam com pensamentos “errados”, são barrados, e ficam proibidos de evoluírem, e se afirmarem como pensamentos “não-errados”. Parece uma mente de um cristão tentando fugir dos temidos pensamentos pecaminosos... E eu morro de inveja.. Ah, se morro.Se eu tivesse ao menos um bando de deminhos falando o quao foda eu sou, e todas essas mentiras que nem eles acham mesmo.

-
Näkemiin

20081003

4 Novidades depois



Eis que surge (eu ?; tu surges; ele surge; nós surgimos; vós surgeis; eles surgem.), novamente, uma Flavia de rabinho entre as pernas... Confessando, dessa vez, que não escreveu nada, absolutamente N-A-D-A desde a última postagem que aqui feita.
É, se eu pudesse, não só o rabo estaria escondido... Mas cá estou, 4 novidades depois, 9 itens riscados da minha lista (http://www.eternolegato.blogspot.com) depois, e de bem com essa minha vida medíocre, enfim...

Peço inúmeras desculpas, já faz tempo, e eu me esqueci de como é bom escrever. Já não fluem mais idéias como antes, e eu não consigo mais blablear sobre eu mesma como antes (apesar de estar o fazendo, muito bem obrigada, agorinha mesmo). Nem parece muito tempo, alguns meses não são nada, para uma vida inteira, para 16 anos, mas vejam só, eu tenho 16 anos, e meus dias só têm 24 horas... Quem me conhece bem sabe que eu não sei apreveitar meu tempo útil, e, de repente a noite já chegou e eu estou me desligando da tomada para logo dormir (como se eu estivesse mesmo, cansada). Antes que me apareça algo idiota para fazer, ou mesmo chegue a hora de trabalhar, deixo de me estender, para colocar um texto muito legal (eu acho, né) que escrevi em agosto do ano passado:

-
Olhadela

Sempre houve aquela quedinha, sempre houve aquela vontade.
Sempre que o via.
Mas logo vinham todos aqueles pensamentos, todos aqueles motivos para não ter o menor pingo de esperança, e logo o baque: Ele tinha namorada.
Sempre.

Chegou à pensar que era melhor parar de vê-lo, mas a simples idéia de não ter aquelas sensações, aquela coisa gostosa era terrorífica! Não podia, nem deveria acontecer. Ela se fazia pensar que não era a melhor coisa à se fazer.

Logo veio aquele beijo, aquele relar de mãos, de dedos, aquele sopro só de ouvi-lo falar.
Ela até se deu ao luxo de ter esperanças.
Começou à ver que nada daquilo acontecia com as outras garotas.
Começou à achar que ela realmente era algo especial pra ele.

Foi quando ela contou tudo à sua melhor amiga, timidamente, esperando como sempre que ela destruísse essa idéia doida de que ela era algo para ele... E ela o fez. E o fez lindamente! Com umas simples palavras aqui e ali e tudo se fora pros ares. Nada mais era o que ela achava ser. Era tudo da cabeça dela!

Foi aí que ela teve a certeza de que tudo o que ela achava que era diferente, tudo o que ela pensou acontecer não passavam de criações da sua mente. E ela tentou viver a sua vida de novo.
Tentou.
Mas as sensações não pararam, os toques não deixaram de existir, e os beijos ainda não eram comuns... De fato, só aumentaram.
Os toques agora eram mais claros e certos, os olhares ainda mais profundos, e os beijos.... Ah, os beijos eram ainda mais próximos, quentes, apaixonantes!

Não era da cabeça dela. Não podia ser!
Ele tinha namorada!!
Mas ela não estava imaginando, tinha algo acontecendo!

Foi naquele dia.
Ah! Que lindo dia!
Não importava quão ruins tinham sido todas as outras horas daquele dia.
Tudo se transformara em pura fumaça perto do que acabara de acontecer.

No meio de todas aquelas idas e vindas.
Todas aquelas tentativas de tirá-lo da cabeça.
Ele ia e vinha. De seus pensamentos e de suas vistas.Tantas vezes ele se foi, e ela tremeu as pernas para não ir atrás dele. Mordeu o lábio para não impedi-lo.
Mas tantas vezes ele vinha. E que emoção era quando ela o via chegar!
Que alívio era pro seu coração vê-lo voltar para ela!
Ele ficou do seu lado.Ela sentia tantas coisas. Pensava tantas coisas.
Queria falar. Mas ainda bem que não falou, suas palavras teriam saído emaranhadas, ou mesmo em alguma outra língua que só ela entendia.
Mas isso não pareceu tê-lo feito sair de lá.

Ela estava com seus amigos. Os dois abusando um pouco de sua bondade, como sempre.
Brincando demais, tocando demais, falando demais.
Ela não estava incomodada. Ela gostava da companhia deles.

Mas não quando ele estava olhando.
Ela sempre se pegava caçando com os olhos aquele pontinho marrom camuflado na escuridão.
E sempre que o encontrava, mostrava-se longe, desinteressada em seus amigos.
E ela sabia que ele a olhava. Sabia que se se mostrasse daquele jeito, ele notaria.
E ele notou.

Ela viu a hora que seus olhos se encontraram. Tão longe, tão escuro, mas ela sabia.
E ele também.
Eles se entreolharam.
Foram dois segundos.
Dois anos.
Duas vidas.
Ela desviou o olhar. Olhou pro céu, olhou pra casa atrás dele, olhou pros olhos dele.
Eles não estavam mais lá.
Ela olhou novamente pra casa.
Ele não estava mais lá.
Ela não o via.
Mas sabia.
Ele estava chegando.
Ele estava vindo. O beijo, o toque, os olhos!Eles estavam vindo!
"Tchau cara!"
"Mas você fica indo e vindo tantas vezes!"
Seu sorriso permaneceu. Seu coração estremeceu.
Ele ia de novo!
Não de novo!
Dessa vez era a última.
A última vez que ele ia..
Ela sabia.
Um segundo se passou.

"Tchau Flavinha!"
"Tchau!"
Ah! O beijo.
Eles finalmente se encontraram... Os lábios. Tão secos, tão rápidos.
Tão infantis.

"Ele tem namorada! Ele tem namorada! Ele tem namorada!"
Ela olhou para os lados. Esperou que uma voz soasse e todos ficassem sabendo.
Esperou que alguém confirmasse que ela não tinha imaginado aquilo.
Um segundo se passou.
Ele já se fora.
Ela ouviu alguém chamando-o longe. Era só imaginação.
Ela olhou.
Quantos olhos pousados naquele pontinho marrom.
Quantos olhos esperando olhá-lo mais de perto.
Ele não olhou.
Ela o fitou. Ele não a olhava.
Ele nem sequer mudou.
Ele se foi.
Ela o seguiu. Tempo o bastante para vê-lo dar uma pequena e segura olhadela para trás.
Aquilo acontecera. Ele acabara de confirmar.
Ela não acreditava. Mordia a unha como costumava fazer.
Olhava praquilo tudo acontecendo na sua cabeça. Olhou tantas vezes.

"O que foi Flavia?"
Um sorriso apareceu. Ela olhou praquela cena novamente refletida nos olhos do amigo.
"Nada!"

Aquilo acontecera.

-
Näkemiin
(próxima postagem faço um comentário sobre o texto)

20080814

Bloqueio criativo - parte I.

Um ócio, uma(s) inveja, uma saudade, uma raiva, uma dor, inúmeras tristezas.

Sim, eu tenho um amor, uma família, uma preocupação, um amigo, uma razão, uma inteligência, um futuro, um prazer, um monte de uma coisa. Mas é como um buraco-negro, meu monólogos estão cada vez maiores e mais improdutivos, minha sensação de solidez aumenta e aumenta e aumenta, e eu estou de repente naquele círculo vicioso em que me vi muitas outras vezes.
Eu reconheço minha felicidade, mas não a sinto.

Onde está a minha felicidade?

Existe algo que suga toda a positividade, ou mesmo a realidade de mim, e esse algo EU SEI, sou eu, e ninguém mais.

Eu culpo a tudo e todos por esse meu vazio, para que eu pareça, para mim mesma, mais forte. Como eu sempre fui.
Eu anseei, e anseio sempre, por um tipo de reconhecimento, mínimo que seja. E esse reconhecimento não me é mais merecido. Mesmo que eu não o tivesse recebido quando me era de direito.

Eu me sinto como algo inútil e indiferente de existência, e alguém poderia me entender, ou mesmo compartilhar dessa minha insensatez, mas não há, e eu nem quero que haja, realmente, esse alguém. Pois eu sei que é estúpida, essa minha insensatez, e que não vale de nada à ninguém, ninguém mesmo, nem mesmo eu mesma...

Sim, eu sei também. Eu sei também, muito bem, que existem outras pessoas que merecem mais do que eu toda essa felicidade que eu recebo, e elas apreciariam, ô se apreciariam.
Mas eu continuo eu aqui. Me remôo, me machuco, corto e furo tudo que possa sangrar, pois está tudo bem e esse algo (o eu) que suga a minha positividade quer que fique tudo mal. Quer que eu seja coitada, e seja tratada como coitada.
Pois quando assim for, sei que vou tentar ser o contrário, e de repente meu buraco-negro, de novo, o Eu, se esvazia, corrói, em toda a alegria que me causarei.
(E eu deixarei de ser esse algo, esse buraco-negro, eu mesma.)

E eu sei, você me verá cheirosa e sorridente. Sempre que trouxer sua atenção à mim, todas essas poucas vezes, e vai ser estranho. Tudo, e toda eu, parecerá mentira. E talvez seja, talvez não.
De uma forma ou de outra, não precisarás preocupar-te em me dar mais do que um sorriso sincero, mesmo que vires as costas logo em seguida. É só (tudo) isso que preciso para prolongar a minha felicidade momentânea.

Quem sabe os momentos durem mais, e as pausas durem menos, assim.


-
Preciso de alguma droga natural, como a felicidade. Por favor, alguém me injete alguma felicidade direto na veia, e que corra rápido ao coração, ou à mente, ou à qualquer lugar em que eu e o buraco-negro estejamos, pois eu estou precisando.

E me desculpa, toda essa negatividade, é que chegaram as férias da minha auto-confiança, segurança e do meu valor, e agora só sobrou eu mesma, e sabe como é, né... Eu sou chata.

Näkemiin